terça-feira, 30 de março de 2010

Pela alma adentro

As previsões económicas valem o que valem. Acredita quem quiser! A incerteza existirá sempre independentemente da fiabilidade dos modelos econométricos utilizados para o efeito. As variáveis até podem estar bem relacionadas entre si, mas…

Nos últimos anos, infelizmente, o desfasamento das projecções do Banco de Portugal face à realidade tem sido, no mínimo, escandaloso. E estrondoso! Qualquer aproximação à realidade é pura coincidência. Não só por contingências do mercado, num estado de turbilhão (é certo), como nos fazem crer... Aqui, a deriva propagandística perfeitamente alinhada com um poder político erróneo ao nível das previsões (e não só), tem a sua quota-parte de responsabilidade. A realidade nua e crua é demasiado eloquente. E a evolução de alguns indicadores macroeconómicos, com o PIB à cabeça, fala por si, deixando as inevitáveis marcas na saúde da nação. Que se sente no bolso e na alma. Aliás, pela alma adentro!

Portanto, e feitas as contas, resulta que entramos no campo da pura ficção. Mas, uma ficção com maus realizadores e protagonistas. Os resultados estão aí… Mau demais, muitas vezes, para ser verdade! Ou melhor, para sequer constituir uma novela de ficção. Contudo, acabamos por ser intervenientes e, até, cúmplices desse guião miserável, sobretudo quem o aceita sem tão-pouco questionar. Assim sendo, eu questiono este guião que me impingem.
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