quinta-feira, 25 de março de 2010

Ploutokratía

Plutocracia, do grego ploutokratía, ou seja, “domínio dos ricos” (fonte: Infopédia)

Politicamente, a corrupção tem aproveitado as fraquezas de alguns pilares do estado de direito. Por muitas leis que se façam, sem meios de fiscalização eficientes, acabam por não resistir às tenazes perfurantes de agentes oportunistas ou vigaristas. Portanto, o processo legislativo e os efeitos daí resultantes podem, nalguns casos, propiciar o aparecimento destes agentes, sobretudo devido ao seu poder financeiro para contornar os obstáculos que se lhes apresentem no decurso das suas actividades.

Por sua vez, a complexidade dos textos legais pode dificultar, não só, a sua aplicação prática, como também, proporcionar uma certa complacência para com determinados jogos de interesses que se aproveitam das diferentes interpretações possíveis. E, assim, validar a sua existência.

Por fim, o primado do dinheiro sobrepõe-se ao primado do bem comum. Alguns exemplos revelados nos últimos tempos, com o devido destaque para o caso Lehman Brothers, nos EUA, podem comprovar, na perfeição, a inversão de primados para uma sociedade mais justa.

Sobre este assunto, deixo aqui as ligações para dois textos publicados no blogue Combustões: A linguagem da plutocracia e Nos buracos da plutocracia. É um assunto que me interessa, particularmente, e ao qual voltarei mais tarde.
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