(Estátua de António Aleixo, em Loulé)
Ser doido-alegre, que maior ventura!
Morrer vivendo p'ra além da verdade.
É tão feliz quem goza tal loucura
Que nem na morte crê, que felicidade!
Encara, rindo, a vida que o tortura,
Sem ver na esmola, a falsa caridade,
Que bem no fundo é só vaidade pura,
Se acaso houver pureza na vaidade.
Já que não tenho, tal como preciso,
A felicidade que esse doido tem
De ver no purgatório um paraíso...
Direi, ao contemplar o seu sorriso,
Ai quem me dera ser doido também
P'ra suportar melhor quem tem juízo.
Ser doido-alegre, que maior ventura!
Ser doido-alegre, que maior ventura!
Morrer vivendo p'ra além da verdade.
É tão feliz quem goza tal loucura
Que nem na morte crê, que felicidade!
Encara, rindo, a vida que o tortura,
Sem ver na esmola, a falsa caridade,
Que bem no fundo é só vaidade pura,
Se acaso houver pureza na vaidade.
Já que não tenho, tal como preciso,
A felicidade que esse doido tem
De ver no purgatório um paraíso...
Direi, ao contemplar o seu sorriso,
Ai quem me dera ser doido também
P'ra suportar melhor quem tem juízo.
São rimas distanciadas
ResponderEliminardos palcos da erudição,
aqui são agraciadas
com elevada distinção.
Muitas palavras serão versadas
e muitas ficaram por rabiscar,
essas palavras desenlaçadas
serão livres para namoriscar.
De te ver fiquei repeso
ResponderEliminarEm vez de ganhar, perdi;
Quis prender-te, fiquei preso,
E não sei se te prendi.
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Há pessoas muito altas
Do nome ilustrado e sério
Porque o oiro tapa as faltas
Da moral e do critério.
António Aleixo... claro!
Dia da Poesia e dos Poetas. Este é o seu dia também, Manuel.
E o Gonçalo? É poeta?
Catarina,
ResponderEliminarEu aprendo com grandes poetas.
Catarina,
ResponderEliminarPara finalizar a resposta anterior, entre esses grandes poetas, o António Aleixo é o meu preferido.
O meu também. Era um homem despretencioso, simples, conhecedor das idiossincracias dos homens e das mulheres. Verdadeiro nas suas simples convicções mas abrangentes e que não deixam de estar actualizadas de certa forma.
ResponderEliminarManuel Brás,
ResponderEliminarA filtrar António Aleixo, muito bem. É merecido neste dia, um poeta popular, não elitista.