terça-feira, 23 de março de 2010

Frase bombástica!

Da minha experiência profissional, de 10 anos, relacionada com o sector bancário (primeiro, num dos maiores bancos portugueses, depois, numa associação de defesa do consumidor), principalmente na última dessas experiências, fiquei com a noção clara de que o Departamento de Supervisão Bancária do Banco de Portugal falhava, sistematicamente. E falhava em coisas tão simples!... Sobretudo, devido ao seu estado de sonolência/complacência.

Só para dar um exemplo, foi demasiado brando em exigir que os bancos cumprissem um “acordo de cavalheiros”, que esses bancos assinaram de livre e espontânea vontade. Acordo, esse, relacionado com a informação a prestar no âmbito do crédito à habitação, um designado código de conduta, se a memória não me falha. Isto do ADN, vulgo PDI, tem destas coisas…

Mais tarde, esse “acordo de cavalheiros” acabou por ser rasgado. Pelos vistos, a tradição de “rasgar” ainda é o que era… E o “rasganço” resultou num texto imperativo. Pois, se não for a bem…

Se falhava em coisas tão simples, como referi atrás, como é que seria nas coisas mais complexas?! O resultado está nos milhares de milhões de euros em buracos do sistema financeiro lusitano.

Este texto vem a propósito das declarações de uma eurodeputada luxemburguesa noticiadas no Diário Económico: Entregar a supervisão a Constâncio "é dar dinamite a um pirómano"

E mais não escrevo, para não estragar a digestão de um almoço na bela vila de Alte.
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