segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Série - Textos longos: O povo paga, ponto final

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Era uma vez uma dívida que usa várias roupagens vistosas. Em qualquer inauguração faustosa, lá está ela com as suas vestes coloridas. De facto, a dívida é muito vaidosa. Tem tanto de vaidosa como de desastrosa, tal tem sido o seu espírito esbanjador. Essa dívida caminha, a passos largos e convictos, para um abismo financeiro. Aliás, ela tem como grande companheiro de caminhada o Gigante, claro.
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Através dos dados conhecidos, de ano para ano, o caminho tem ficado mais inclinado. Novos recordes são atingidos. Imaginem, a dívida é mais veloz do que Usain Bolt! Como é possível?! Sim, é possível. Os números não enganam, nem são para brincadeiras. Desculpem, como gostamos de brinquedos caros (tipo: submarinos e outros gadgets), andamos a brincar aos meninos mimados e materialistas que querem tudo e mais alguma coisa, desde que seja novo. Pior, por exemplo, se o vizinho tem um TGV, então, nós também temos de ter. Reparem, até temos um aeroporto sem aviões! É de ficar estarrecido só de pensar nos milhões enterrados naquela coisa inerte e em decomposição, em plena planície alentejana. Os alentejanos merecem mais respeito!
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As coisas não ficam por aqui no que à dívida diz respeito. O Gigante, ávido de tantas modernices, cria formas de esconder a dívida nomeadamente através de uma coisa que dá pelo nome de PPP (Parcerias Público-Privadas; com hífen e tudo, sempre é mais fino). Dito de outra maneira, podemos considerar essas coisas de: Projectos Plutocráticos Portugueses. A saber:
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- Projectos, porque envolvem grandes obras públicas com as inevitáveis derrapagens orçamentais;
- Plutocráticos, porque são construídos por grandes empresas de construção civil e, após a sua conclusão, ficam nas mãos de grande grupos económicos/financeiros;
- Portugueses, obviamente, porque são “Made in Portugal”.
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Assim é mais fácil de perceber, certo? Também acho.
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Porém, de uma coisa não há qualquer dúvida: seja dívida pública, seja dívida externa, elas existem e contribuem para alimentar a gula do Gigante. Este último era um “Zé Ninguém” sem elas. A dependência é total. E quem paga essa dependência? Perguntam alguns preocupados. Outros respondem logo, com ou sem palavras verbalizadas, algo do género: não interessa quando ou como pagamos, o que importa é termos essas modernices, nem que seja para inglês ver. Quem vier atrás que pague a factura! Ou, em alternativa, agrava-se um pouco mais nos impostos directos e/ou indirectos. Tanto faz! O povo paga, ponto final.
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Série - Música da minha vida: Cucurrucucu Paloma, Caetano Veloso

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Caetano Veloso é um nome incontornável da MPB (Música Popular Brasileira), por quem tenho uma admiração particular. Este tema, de origem mexicana, faz parte do filme “Hable con ella”, de Pedro Almodóvar, um dos filmes da minha vida. E, além disso, faz parte de “Tranquilamente cúmplices”, tendo servido de inspiração para uma das personagens, Paloma, a minha preferida
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Epílogo:
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“Paloma e araucária, duas palavras elasticamente elegantes. A elegância do ser e do parecer. Uma simbiose sublime.”
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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Série - Salvador Dalí: A nobreza do tempo

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Esta escultura em bronze homenageia o tempo, exprimindo o seu carácter irredutível sobre a vida, a natureza e a beleza. O tempo é rei, daí a coroa no topo do relógio mole (símbolo daliniano do tempo). A mulher nua representa o desejo e o mundo material. O anjo simboliza o espírito e a memória.
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(Espace Dalí, Montmartre, Paris; Agosto de 2009)
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Adenda:
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Dos vários motivos pelos quais tanto aprecio o génio de Dalí, destaco a importância que ele dá à noção do tempo e, em particular, à sua dinâmica. Aliás, é um aspecto da vida que impressiona-me/intriga-me muito… Para mim, esta obra é uma das minhas preferidas. Genial como só Dalí foi, é e será.
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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Série - Fotografias do mundo: Blue Grotto, Zurrieq - Malta

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(Agosto de 2008)
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Série - Partilhado: Se a moda pega...

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Portugal está, cada vez mais, próximo da América do Sul (até em aspectos linguísticos). Futebolistas brasileiros, argentinos, chilenos e uruguaios, são uma grande maioria no campeonato português. O português dá muita importância ao que vem de fora… Por tudo isso, temos futuro na coisa!
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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Série - Textos longos: Só apanha a raia miúda

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Era uma vez a Sra. Taxa e o Sr. Imposto, um casal muito odiado pelos restantes cidadãos. Não é nada pessoal contra esse casal, nada disso, até porque fazem parte de qualquer sociedade, mais ou menos desenvolvida. Se pretendemos o melhor bem comum possível para todos, então, temos de contribuir para isso, certo? Contudo, o problema está no Gigante, decididamente.
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Realmente, a Sra. Taxa e o Sr. Imposto estão muito mal vistos, tudo por culpa do Gigante, claro. Eles estão presentes em tudo e em mais alguma coisa. De forma mais ou menos disfarçada, nada lhes escapa! Bem, nem tudo… Há aqueles que conseguem viver à margem da sociedade. Uns autênticos marginais! Aliás, os entendidos na matéria não são tão cáusticos na terminologia pois preferem imputar-lhes uma existência paralela na economia. Tudo bem, não seja por isso.
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Nos últimos tempos, as coisas têm piorado, e muito! A Sra. Taxa e o Sr. Imposto que, muitas vezes, não eram sentidos, passaram a ter uma presença mais presente nas nossas vidas. Principalmente, nas nossas carteiras ou nos extractos das contas bancárias. De uma forma ou de outra, lá estão eles! Aliviam-nos o peso dos euros. Como se precisássemos de um tratamento de emagrecimento nessa matéria!? Agora, parece que é tudo tratado à base de choques… Como se fôssemos concorrentes do programa televisivo "Biggest loser"!? Há gente demasiado obesa nessa matéria, com tantos e tantos zeros, que vive à margem dessas amarguras da vida… Esses sim, seriam excelentes concorrentes para um programa do género, em vez de emagrecerem em spa’s e coisas afins.
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Assim, o Gigante aproveita-se da Sra. Taxa e do Sr. Imposto, obviamente, carregando forte e feito neles, de diversas formas: IVA, IRS, IRC, ISP, Imposto de selo, etc., etc.. Sem piedade! Em milhões de contribuintes, imaginem a massa que isso dá? Tudo directamente para o buraco. Evidentemente, no meio desta história, aparece um Chico Esperto, normalmente disfarçado de tubarão, que escapa às redes fiscais do Gigante. Redes que só apanham a raia miúda, claro.
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Série - Cartoons: Até um cão se queixa!

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Série - Textos longos: Nós pagamos, pronto

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Era uma vez uma taxa de juros que vive em constante stresse. Ora para cima. Ora para baixo. Tipo montanha russa. Assim, a qualquer instante, lá está a subir ou a descer, conforme a vontade de outros. E, muitas vezes, sem perceber porquê… E nós também. Ou talvez não. Mas, enfim, como boa menina que é, obedece de forma educada. Nos últimos tempos, porém, o Gigante causa-lhe mais subidas e menos descidas.
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Como já devem imaginar, a paciência tem limites. E as subidas também! Portanto, é natural que a menina taxa de juros sinta-se, cada vez mais, nervosa. Reparem, por mais que ela goste de andar na montanha russa, não gosta de subir assim tanto porque isso causa-lhe demasiadas vertigens. Além disso, muitos de nós deixam de vê-la com bons olhos. Há poucos anitos estava baixinha. E nós contentes da vida… Venha de lá esse empréstimo para tudo e para nada! Por sua vez, quem empresta, também não se fica atrás, antes pelo contrário. E, frequentemente, nessa panóplia de créditos não fazem referência à taxa de juros. Que ingratidão! Melhor, que pantominice! Pântano mais pântano não há, podia ser o slogan publicitário para esses créditos imaculados. Essa história de não haver almoços grátis é conversa fiada! Pensavam alguns e outros…
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O Gigante, por seu lado, na ânsia voraz de alimentar a sua gula, cresce ao ritmo dos leilões em que vende um pouco mais do que resta deste rectângulo encrostado numa península dita ibérica. Ou seja, ficam gradualmente hipotecados os seus futuros rendimentos. Antes de cada leilão, fazem-se apostas: a taxa sobe, a taxa mantém ou a taxa desce. Qual "1X2" na versão financeira! Certo, certo, é que o buraco aumenta. Pudera, o Gigante vive obcecado com as grandezas!
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Esta história não fica por aqui, desenganem-se. A menina taxa de juros gosta que lhe deem atenção, claro. Tem o direito de ser um pouco vaidosa, certo? Mas, tudo o que é demais… Aliás, a taxa começa a ficar muito mal vista sem culpa alguma. Já lhe chamam tantos nomes, imaginem! Qual nome pior do que outro: TAN, TAE, TAEG, TANB, etc. E apelidos também não lhe faltam!... Agora, nesta matéria, a coisa parece ser mais fina, vejam: indexante (Euribor, Libor, entre outros) e o inevitável spread, de origem anglo-saxónica.
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Nos vários tipos de créditos, o Gigante aproveita-se da taxa de juros, obviamente. Não fosse ele um grande glutão! Pois é, associa-lhe um imposto desconhecido (e desprezado por muitos), designado de selo, e pimba! Mais 4% sobre a taxa de juros para o buraco. Em milhões de juros pagos, referentes a milhares de empréstimos, imaginem a massa que isto dá? Nós pagamos, pronto.
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: Punishment comes one way or another

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Khadafi, ditador líbio há mais de 40 anos, afirmou: “Eu não sou o Presidente, sou o guia da Revolução” (fonte: jornal Público, ligação em baixo). Ao ler esta afirmação, lembrei-me da principal mensagem do excelente filme True Grit, dos irmãos Coen, do qual já aqui deixei-vos a minha crítica. Mais tarde ou mais cedo, esse ditador será derrubado do Poder.
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Adenda: alargo a referida citação/mensagem, no título deste texto, ao (des)governo português, claro.
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Série - Textos longos: Este país não é para velhos nem para novos

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Era uma vez uma bolsa cheia de valores, mais ou menos valiosos. Há quem siga essa bolsa um pouco por todo o lado, qual busca de um tesouro por descobrir. Nos tempos modernos, quase tudo encontra-se à distância de um clique, assim como a dita cuja, claro. Vinte e quatro horas por dia. De uma ponta à outra do mundo. E o rei sol nunca chega a deitar-se. Mas, o Gigante não adormece…
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Nas notícias diárias (de manhã, à tarde e, por fim, à noite), lá está a bolsa com os seus números que se fazem ouvir e ler através de uma linguagem própria e, por vezes, indecifrável. Palavras coladas a cifras de todas as cores e feitios. Para todos os gostos e mais alguns… Nem sempre bonitos, nem sempre feios. Têm dias! Uns melhores, outros piores. Enfim, c’est la vie!
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As acções, boas e más, aparecem vistosas e coloridas como meninas vaidosas. Umas mais atraentes do que outras, afinal, é a selecção natural impondo a sua lei. Nem sempre prevalece a lei da mais forte ou da mais bonita. Isto não é brincadeira para darwinistas. Aqui, a perfeição da natureza é desvirtuada pelos sete pecados mortais e humanos:
- Inveja, porque uma tem e a outra não.
- Ira, porque uma irritou a outra.
- Vaidade, porque uma mostra mais do que a outra.
- Preguiça, porque uma não quer fazer nada.
- Gula, porque uma quer comer mais do que a outra.
- Avareza, porque uma quer gastar pouco ou nada.
- Luxúria, porque uma gasta tudo e mais alguma coisa.
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No meio destes pecados, aparecem as duas bestas de serviço: a bruxa especulação e o Gigante. A especulação lança as suas bruxarias sobre os demais para influenciar as respectivas decisões e, com isso, tentar aproveitar-se das fraquezas humanas. O Gigante porque, activa ou passivamente, pode influenciar o estado de espírito da bolsa de valores. Sem qualquer piedade, principalmente, para os mais pequenos. Mais acobardado, claro, na frente de gente graúda. Ou até cúmplice, no meio dos tubarões.
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Pior ainda, com o buraco a aumentar, o Gigante vai enterrando a esperança de um povo que já foi herói nos mares para além de Sagres. Esperança que é sinónima de boas expectativas, tão cara em bolsa, não vislumbradas no horizonte próximo e distante. Decididamente, este país não é para velhos nem para novos.
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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Série - Textos longos: Tão natural como a nossa desgraça

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Era uma vez o Sr. Gasóleo e a Sra. Gasolina, um casal muito importante. Tão importante que sem eles (quase) tudo pára. É ver motos, carros e camiões parados. É ver aviões em terra. É ver barcos atracados. É ver fábricas sem fumo nas chaminés. De ver tanta coisa sem funcionar ficamos stressados, porque vivemos no meio desta confusão toda. É claro que o Gigante não quer isso, igualmente. Pois, à conta desse casal, ele alimenta boa parte da sua gula.
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O Sr. Gasóleo e a Sra. Gasolina vivem, recentemente, perante um problema de crescimento sustentável. Uma doença que atinge muitas coisas mas que, infelizmente, não afecta a generalidade dos salários. Por que será? Voltando aos referidos personagens, são caros e serão cada vez mais caros devido, por um lado, à ganância daqueles que os comercializam e, por outro, à inépcia daqueles que deviam supervisionar essa comercialização. A plutocracia petrolífera e a plutocracia estatal de mãos dadas, contentes e felizes. Que casamento tão asqueroso! São milhões a jorrarem para os respectivos cofres. No meio disto tudo, o Gigante esfrega as mãos antes de encher o buracão, sem fundo, com mais uns milhões…
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Brevemente, o Sr. Gasóleo será maior do que a Sra. Gasolina. Acabar-se-ão os complexos de inferioridade para ele. No entanto, uma coisa é certa: os seus familiares espanhóis serão mais procurados pelos cidadãos deste rectângulo à beira-mar encarquilhado. E não só por gente da raia. É vê-los, aos milhares, a fazerem filas nos postos de abastecimento e nos supermercados espanhóis, principalmente ao fim de semana. Eles dormem a siesta mas não são parvos! Nós é que andamos acordados como mortos vivos! Depois, para dormir, encharcamo-nos de sedativos. Pudera! São milhões e milhões de euros que ficam nos bolsos dos “nuestros hermanos”: em lucros e em impostos. ¡Viva la España!
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Uma desgraça nunca vem só! Lá diz a sabedoria popular… Então, não é que os árabes também querem viver em democracia!? Há democracias nada recomendáveis como a nossa, mas enfim… Eles que não nos imitem! Não fica bem desejar mal aos outros. Com tudo isto, o fidalgo britânico Brent ficou em bicos dos pés. Claro que a plutocracia petrolífera apoia tal atitude very british. E o Gigante também, claro. Portanto, é natural o agravamento da doença de crescimento do Sr. Gasóleo e da Sra. Gasolina. Tão natural como a nossa desgraça.
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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Série - Textos longos: E as linhas não sabem nadar, coitadas

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Era uma vez um comboio triste e abandonado, marcado pela cor ferrugenta na sua pele metálica. Igual tristeza e abandono eram sentidas pelas linhas que lhe traçavam o destino. A força sonora de outros tempos era substituída pelo silêncio dos campos abandonados de gente e de progresso, progressivamente… O Gigante na sua ânsia de “progresso”, dito tecnológico, dita-lhe a sorte.
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Outros familiares do comboio, mais ou menos afastados, retiram-lhe a importância. Máquinas sobre rodas em asfaltos, mais ou menos esburacados, mais ou menos portajados. Máquinas que atravessam os oceanos das baleias (e não só). Máquinas que riscam de branco os céus. Concorrentes de peso, desde plumas a pesados. Como se não bastasse, apareceu um primo ricalhaço importado de terras mais desenvolvidas. Qual emigrante bem sucedido! Até tem um nome chique resumido em três letras: TGV. Tudo obra e desgraça do Gigante, claro.
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Nos tempos que correm, por mais voltas que se dessem, lá está o modernaço, o veloz e o bonitão do TGV nas bocas do mundo, sobretudo político. Convém não esquecer as cerimónias de inaugurações virtuais, reluzentes de tanta tralha tecnológica. Parece que não há nada mais importante. Parece que não há outra forma de viajar para fora do buraco em que nos encontramos. Qual Gigante feito Adamastor! Nem que fosse para comprar uns caramelos em Badajoz… E vice-versa, para que outros possam frequentar as nossas belas praias, da linha e não só… Aos milhões! E aos milhões que a Europa nos dará de mão beijada, na forma de fundos sem fundo, para nos enterrarmos, mais ainda…
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Em contrapartida, a tanta magnificência, os outros comboios envelhecem sós e abandonados como grande parte da sociedade. Muitos quilómetros de linhas férreas ganham ervas e flores. Ao menos, a natureza dá-lhes abrigo e companhia. Tanta ingratidão humana! Até linhas históricas ficarão submergidas, nos próximos anos, por força de interesses plutocráticos do Gigante e seus cúmplices, claro. Tanta podridão humana! E as linhas não sabem nadar, coitadas.
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Série - Textos longos: True Grit

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“O tempo foge-nos, simplesmente”. Na verdade, o tempo fugiu-me a ver este filme dos irmãos Coen (Joel e Ethan). De tudo, só não gostei do título em português: Indomável. Destaco, pela excelência: alguns diálogos humorísticos, Jeff Bridges (com voz e rosto marcantes), Hailee Steinfeld (uma jovem actriz feita adulta), enredo dramático e a realização, claro. De 0 a 20, dou um 18.
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A frase final do filme, referida anteriormente, serviu de ponto de partida para o texto inicial, no fundo, a súmula do filme True Grit.
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De uma maneira ou de outra, mais tarde ou mais cedo, pagamos por aquilo que fazemos. As várias interpretações possíveis desta frase, apresentada logo no início da película, servem de ponto de partida para mais uma história escrita (adaptada) e realizada pelos irmãos Coen. Tem como elemento central uma jovem de 14 anos que, por um lado, quer vingar a morte do pai e, por outro, assume a função dele no seio da família.
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Começando por aqui, por onde começa o enredo, a menina Mattie Ross (Hailee Steinfeld) toma conta dos negócios que o pai deixou por concluir. A força da palavra e a força da lei/moral ficam bem vincadas em diversos diálogos em que a jovem intervém, nomeadamente na negociação de cavalos ou no conhecimento de termos jurídicos em latim.
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Para vingar a morte do pai, Mattie contrata um marshall famoso e impiedoso, Rooster Cogburn, interpretado de forma marcante por Jeff Bridges. Achei muito marcante essa presença sobretudo ao nível da sua voz (por exemplo: no momento da sua primeira aparição, em plena audiência no tribunal) e do seu rosto (ao longo de diversas cenas). Mas, aos dois, acaba por juntar-se-lhes um ranger do Texas, LaBouef (Matt Damon), que também procura o tal assassino do pai da Mattie, Tom Chaney (Josh Brolin). E, assim, desenvolve-se o enredo dramático intervalado por alguns diálogos carregados de bom humor, originados pelo carácter adulto de uma menina com, apenas, 14 anos no meio de gente adulta e bastante rude. Mas que se faz mulher apesar da sua tenra idade. Mais, vai ganhando, através da sua postura/palavra, o respeito de homens de barba rija e impiedosos na hora de disparar, características tão salientes no velho oeste americano.
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Por fim, destaco os momentos finais relacionados com a cavalgada obstinada de Mattie e Rooster, cavalgada cruel para Little Blackie (o cavalo da menina). Gostei muito da forma como a realização consegue transmitir, através da força do cavalo, as forças e as fraquezas dos personagens centrais.
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Notas finais:
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Desde Fargo, filme da segunda metade da década de 1990, bastante aclamado pela crítica devido à sua densidade dramática e interpretativa, vou seguindo as diversas obras dos Coen. Para mim, há uma preocupação muito evidente em todas elas, que as tornam marcantes: as densidades dramáticas muito bem construídas em textos bem escritos, bem interpretados/as e bem enquadradas.
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Com Este país não é para velhos, em 2008, Joel e Ethan Coen conquistaram diversos prémios. Agora, True Grit, pode seguir-lhe as pisadas nomeadamente ao nível das interpretações de: Jeff Bridges e Hailee Steinfeld.
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: Escolha Acertada (mentiras, truques e parvos)

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O sociólogo António Barreto diz: “Fomos enganados durante 6 anos”. O presidente da Jerónimo Martins afirma: “Os truques são para o Sócrates”. Qual a Escolha Acertada?
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a) Governo mentiroso;
b) Governo “ilusionista”;
c) Parvos que somos;
d) Todas as opções anteriores (e outras que pretendam acrescentar).
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: Khadafi

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Muammar al-Khadafi, no poder há 42 anos, tem sido senhor absoluto da Líbia, país do norte de África. Das contestações iniciadas nesta semana já resultaram 24 mortos. Outro regime nada recomendável que se abeira do fim, qual efeito dominó. O Poder não é eterno.
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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Série - Lugares do Algarve: Praia do Amado, Carrapateira (Aljezur)

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Hoje, neste dia especialmente triste devido ao funeral da minha ex-formanda Leide (ler texto dedicado a ela aqui), deixo esta fotografia em homenagem às “minhas meninas” (curso Téc. Comerciais, IEFP de Loulé, de que tive a honra e o prazer de ter sido formador/coordenador). Refira-se que a fotografia foi tirada durante uma “visita de estudo” (23/07/2009). Na abalada, fizemos um assalto à arca dos gelados, quais salteadores!... Em Setembro de 2010, repetimos a dose, do género: os salteadores da arca dos gelados II.
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: Parvos que somos (Parte III)

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A partir deste mês, passo a pagar mais € 26,41 (de € 159,72 para € 186,13), ou seja, um acréscimo de 16,5%. Isto é normal?! Se isto é normal, então, eu sou um “anormal” porque não concordo. Tenho esse direito! E tenho muito orgulho de ser um “anormal” por não aceitar esta normalidade, essa sim, uma normalidade anormal. Melhor, uma normalidade imoral. Todavia, vivemos num país carregado desta normalidade. Parece que uma taxa de desemprego de 11,1% também é normal dentro desta normalidade, claro. E, assim, continuamos felizes e contentes no meio desta normalidade. De repente, e para acabar, lembrei-me que esta normalidade rima com imbecilidade.
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Série - Não filtrado: Tiro o chapéu

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Com o anterior (des)governador do Banco de Portugal (recuso-me a escrever o nome dele), estas verdades eram escondidas em toneladas de horas de sonolência, além de falhar claramente na supervisão do sistema, como, por exemplo: cumprimento de regras no crédito à habitação. Sei do que escrevo pois participei em diversos estudos da DECO, de âmbito nacional e internacional, sobre esta matéria. Portanto, tiro o chapéu ao actual governador Carlos Costa.
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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: Leide

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A “minha” formanda Leide, de um curso de que fui formador/coordenador durante três anos (concluído no passado dia 31 de Janeiro), em Loulé, faleceu esta tarde. Fica a recordação de uma jovem educada, calma e com um sorriso sincero. Fica a recordação da boa onda da Leide quando eu brincava com o sotaque brasileiro dela.
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Fica a recordação de um agradecimento especial da Leide porque eu falei com o pai dela para deixá-la ir a uma visita de estudo a Lisboa, no primeiro ano. Fica a recordação da boa disposição da Leide fora da sala, nomeadamente: nas duas idas à praia do Amado – Carrapateira (Agosto de 2009 e Setembro de 2010, se a memória não me falha); e na churrascada em Alte (Maio de 2010).
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Fica a recordação da alegria da Leide quando nós (as colegas e eu) fizemos-lhe uma surpresa no dia do seu aniversário, em plena sala. Que alegria nessa manhã! Fica a recordação de muitas e muitas horas de formação, com ela e restantes colegas. A Leide está e ficará no meu coração.
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Série - Uma má notícia nunca vem só

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Os juros da dívida de Portugal a 5 anos já superam os 7%. Para a maturidade de 10 anos, aproximam-se de 7,5%. Além da subida continuada nos últimos dias, o mais saliente é o facto de estarem muito próximas uma da outra. Isto é bom? Isto é mau? Nem uma coisa, nem outra. Isto é péssimo! Não vale a pena iludir-vos...
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Vejamos, de forma simples. As operações de financiamento, em condições idênticas, oferecem maior risco quanto maior for o prazo. Reparem, se as taxas a 5 anos superarem as que são praticadas a 10 anos, então, quebra-se este princípio financeiro básico.
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Nestas condições, e com a recessão da economia portuguesa confirmada até ao final de Março (não tenho dúvidas sobre isso), a máquina de “ventilação financeira” do BCE já não poderá aguentar-nos. A nossa "soberania/resistência financeira”, extinta há muito, quebrará descaradamente na cara de muitos… C’est la vie!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: West coast of...

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O país, designado por “west coast of Europe” (pelo desditoso ministro “corninhos”), continua bem ligado à máquina do BCE. Aliás, já somos a: “west coast of Germany”. .

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: Parvos que somos (Parte II)

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Lembrei-me desta frase para título porque é, em sentido figurado (claro), a figura que fazemos como clientes e/ou como colaboradores dessas empresas. Ou seja, pagamos bem caro, nas facturas ou no esforço dispendido, para alguns terem direito a ordenados/prémios pornográficos.
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Por mais explicações que sejam dadas, invariavelmente baseadas em rácios e outros indicadores de eficácia/eficiência, devidamente ilustradas em gráficos e quadros inseridos em diapositivos coloridos, mas tão cheios de nada, prevalece a plutocracia (do grego ploutokratía: “domínio dos ricos”) no seu esplendor! E quem se lixa é…
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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: Acabou a "fruta" para alguns

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Já se imaginaram a ver um jogo de futebol e um espectáculo de striptease, ao mesmo tempo, num estádio? Eu também não. Mas, a “fruta” acabou no estádio do FC St. Pauli, clube de um bairro portuário de Hamburgo.
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O referido FC St. Pauli é, de facto, um clube sui generis por outros motivos. Ou seja, não se insere e não defende os princípios plutocráticos perfeitamente instalados nas nossas sociedades, em geral, e no futebol, em particular, em que o primado do dinheiro (e das contratações milionárias) sobrepõe-se a tudo e mais alguma coisa. Só por isso, tornei-me simpatizante deste clube.
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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: Mais um "casamento" plutocrático

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O mundo do futebol, cada vez mais, casado com o mundo da alta finança. Casamento, cada vez mais, detestável. A plutocracia continua…
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(Millennium BCP contrata Mourinho, Diário Económico)
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Série - Não filtrado: Sinonímia financeira (Parte I)

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Inspirado após ler um texto de Ricardo Araújo Pereira (Sinonímia financeira, VISÃO) , apresento-vos alguns termos financeiros engraçados:
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A - ANA (Aviso de Negociação de Acções);
B - Bovespa (bolsa de valores brasileira);
C - CAC (índice bolsista francês);
D - Doji (análise gráfica de cotações);
E - Estocástico (ferramenta de análise gráfica);
F - Forex (relacionado com o mercado cambial);
G - Greenshoe (cláusula contratual);
H - Hot money (investimento de curtíssimo prazo)
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(continua, mais tarde, claro)
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Série - Não filtrado: Medronho

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Pessoal, esta garrafa de medronho (oferecida, ontem, por uma formanda de Gomes Aires – Almodôvar) está pronta a ser despachada. Apareçam!
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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Série- - Não filtrado: Ligados à máquina ventiladora

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Os sinais são evidentes. Este (des)Governo perderá, nos próximos tempos, quiçá poucas semanas, a razão de ser. Para mim, já perdeu há muito… Aliás, essa existência só subsiste devido, sobretudo, à “ventilação financeira” do BCE. Esta manhã, depois dos juros da dívida portuguesa, no prazo de 10 anos, ultrapassarem os 7,6%, fomos ligados novamente à máquina de “ventilação financeira”.
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Tem sido um final demasiado agonizante… A incompetência tem limites! E, pior, bastante trucidante para grande parte do povo. A paciência tem limites!
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(Portugal, unmoored, FT Alphaville)
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Série - Não filtrado: Ministro foi despedido

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- Qual ministro? – perguntam-me...
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- O Costinha. Foi despedido do Sporting. – respondo.
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Alguns pensarão (incluindo "me, myself and I"): Melhor seria se tivesse sido o ministro das finanças...
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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: Sem limites

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Sem limites a mentira, a aldrabice e a arrogância. Depois, essa gente do marketing dirá: pois, coisa e tal, o nosso benchmarking é um mix de target b2b e b2c, baseado num survey research, com uma aposta clara na portugalidade e na portugalização dos seus conteúdos, a partir do qual definimos um core business. Não perceberam?! Perguntem ao Zeinal Bava (CEO da PT).
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Série - Textos longos: Verde mas pouco

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Era uma vez um recibo “verde”, “verde” só no adjectivo feito apelido, vivendo em constante angústia. Essa angústia tinha causas diversas, grande parte delas relacionadas com um Gigante. Ao contrário do que possam já imaginar, não se trata de algo enorme em altura. Não, decididamente não. É, sim, algo enorme em profundidade: um buraco gigantesco, dantesco, grotesco… Qual Golias dos tempos modernos!
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O recibo “verde” vivia e trabalhava num país à beira-mar plantado, não interessa o nome (fica ao vosso critério imaginá-lo). O seu “ganha-pão” diário era feito, cada vez mais, de uma panóplia de sacrifícios de cores e feitios. Aliás, por um lado, as cores tendiam para tonalidades mais escurecidas e, por outro, os feitios eram progressivamente mais definhados e pontiagudos. Sacrifícios, esses, para alimentar a gula do referido Gigante que, com isso, em vez de realizar uma dieta salutar aumentava a sua avidez e o seu estado insaciável. Ou seja, muito distante do estado socialmente aceitável e de sã convivência.
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Por mais leis que se fizessem, por mais códigos que se publicassem, por mais impostos que se pagassem, a factura era sempre paga pelo recibo. Que não tinha direito a almoços grátis! Isso era só para alguns “não recibos”… Assim, não é difícil de imaginar, o Gigante ganhava profundidade e largura a um ritmo assustadoramente voraz. Nem a mais imaginativa campanha publicitária ou truque de ilusionismo embelezaria tal “gigantismo”, embora houvesse quem acreditasse nisso…
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O recibo “verde” perdeu, gradual e miseravelmente, a esperança legítima de independência, transformando-se numa cor mais acinzentada. Por muita vontade que tivesse no contrário, os abusos a que era sujeito tornavam o recibo refém da precariedade e consequente marginalização. O Gigante, aproveitando-se da sua força desmesurada, arrastava o recibo para uma de duas situações: ou fugia desse país metamorfoseado num abismo; ou agravaria a sua dependência eunuca de direitos face aos interesses sórdidos do Gigante e seus cúmplices.
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Nota final: este texto foi publicado aqui, blogue Delito de Opinião.
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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: Distinção (Parte II)

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Há cerca de duas semanas, recebi um convite para escrever no blogue Delito de Opinião, convite prontamente aceite. Nos dias seguintes, escrevi o texto: uma espécie de breve conto. O tema está relacionado com os recibos “verdes”. Por acaso, nos últimos dias, os Deolinda trouxeram para a ordem do dia esta problemática. Amanhã, terça-feira, será publicado. Se puderem, leiam e comentem, ok?
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Série - Não filtrado: Parvos que somos

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De uma troca de opiniões com um dos meus irmãos, no Facebook, falámos sobre as nossas diferenças relativamente aos espanhóis, sobretudo ao nível da falta de garra. E escrevi:
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Ok, Miguel. Não deixas de ter razão, falta-nos garra. Mais, há outras diferenças culturais relativamente aos “nuestros hermanos” que se reflectem nas culturas organizacionais, quer nas empresas do sector público, quer nas empresas do sector privado. Passo a explicar. Somos mais individualistas, não temos tanta noção de colectivo e da força que isso pode induzir. Na linguagem de “gestão” isso resume-se a uma palavra: sinergias.
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Dois exemplos. Primeiro, no sector bancário, aquele que conheço melhor. Quando trabalhei na DECO tomei conhecimento com a realidade bancária nacional, em geral, e, simultaneamente, da troca de informações com colegas espanhóis facilmente notava-se uma realidade muito diferente da nossa, isto é, com uma rede de caixas mutualistas (“cajas de ahorro”) bastante forte. Não vale a pena escrever sobre a realidade do centro e do norte da Europa… Essa rede evidencia um maior espírito comunitário.
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Segundo, na agricultura, esse espírito comunitário reflecte-se na associação empresarial (ou cooperativas) que os espanhóis souberam, e bem, desenvolver nas últimas décadas, permitindo-lhes ganhar dimensão, economias de escala e força económica (junto do circuito comercial, por exemplo).
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Da minha experiência e conhecimentos económicos, esse é um pequeno grande pormenor. Nós aceitamos, impávidos e serenos, que o Estado (por exemplo: através do IEFP) seja o principal empregador de recibos “verdes”. Ou seja, o Estado, que somos todos nós, confunda profissionais independentes (como eu gostava de ser, no seu verdadeiro sentido) com mão-de-obra barata e sem direitos (como acabo por me sentir, eu e os demais). Se o Estado dá este exemplo, facilmente outros imitam-no. Para quem quer entrar no mercado de trabalho, não só no sector privado, ou quer continuar a trabalhar como profissional independente, é muito difícil mudar esta cultura portuguesa demasiado individualista e de “brandos costumes” (deixar andar). E, assim, vamo-nos desenrascando até que…
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Voilà!
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(esta conversa teve origem na música do momento: Parva que sou, Deolinda, ver aqui)
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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Série - Repastos há muitos! (Parte II)

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Aproveitando o maravilhoso dia de sol por terras lacobrigenses, a minha bela Helena convenceu-me a grelhar um peixe no carvão (modéstia à parte: temos um excelente “barbecue”). Um desejo de uma mulher não deve ser recusado. Fui eu que tratei de tudo… O repasto está pronto!
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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: Did you know?

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A voragem das novas tecnologias é avassaladora! No vídeo em anexo, a interrogação, feita título, é respondida através de factos e de previsões. Previsões que parecem realistas salvaguardada a incerteza que o futuro acarreta. As três fascinantes questões colocadas por Carl Sagan (in “Os Dragões do Éden”, 1977, primeiro livro de divulgação científica a ganhar o Prémio Pulitzer) continuam, e continuarão, bem presentes:
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- Quem somos?
- De onde viemos?
- Para onde vamos?
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Ver o vídeo aqui.
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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Série - Salvador Dalí (Parte II)

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Obra “fantaskafkiana” (não me recordo do título) do grande mestre catalão/parisiense exposta em Espace Dalí, Paris - Montmartre.
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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Série- Não filtrado: Há lá pedras com fartura!

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Bem, se eu fosse o Lacão (livra!) tinha cuidado… É que quem se mete com o PS, leva! E ele está a colocar-se a jeito para levar umas quantas… Ainda por cima, quer mexer no número de “tachistas” sentados como deputados. Que tal, ele (Lacão) e o Assis resolverem esse problema na Praça Tahrir, no Cairo? Há lá pedras com fartura! E as viagens devem estar baratinhas…
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Série - Não filtrado: Vale quase tudo...

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… Para arrecadar/sacar/extorquir (e assim por diante) mais uns “euritos”, neste caso, € 7,50. Esta gente que nos (des)governa só pensa assim: venha a nós os vossos euros!
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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: Escolha Acertada - Ser "tachista"

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Qual a Escolha Acertada?
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a) Um “tachista” gosta de “tachos”.
b) Um “tachista” gosta de receber muito sem fazer nada.
c) Um “tachista” defende, com unhas e dentes, outros “tachistas”.
d) Um “tachista” é um ser desenvolvido na política portuguesa.
e) Todas as opções anteriores (e outras do género que pretendam acrescentar).
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Série - Não filtrado: «O dinheiro só tem uma língua»

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Citação de William Faulkner, O Homem e o Rio (editora Portugália, s/d, colecção Livros de Bolso)
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“O dinheiro só tem uma língua.” Esta frase é tremenda! Nos dias que correm, a força do dinheiro, infeliz e frequentemente, passa as marcas do tolerável, entrando no campo da plutocracia (do grego ploutokratía, ou seja, “domínio dos ricos). Aproveita-se da fraqueza humana como um vírus, e das suas realizações (por exemplo: o estado de direito). O primado do dinheiro sobrepõe-se, infeliz e frequentemente, ao primado do bem comum. Esses factores (e outros mais, com certeza) originam a corrupção financeira/económica, causa de tantos males. Basta olhar para a nossa realidade…
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(Leituras, Delito de Opinião)
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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Série - Não filtrado: Juros sobem

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A Euribor, taxa de juro do mercado interbancário (compra e venda de dinheiro entre os bancos), mantém a tendência de subida. Mais outro sinal negativo para as famílias portuguesas com crédito à habitação de taxa de juro variável indexada à Euribor. De seguida, apresento os resultados de alguns cálculos realizados no meu simulador (numa folha de cálculo Excel).
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Resultados de algumas simulações (capital em dívida entre € 100 000 e € 150 000; taxas de juro nominais - TAN - entre 3% e 6%):
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- Para 20 anos, a prestação mensal agrava-se: de € 50,00 a € 85,00, por cada 1% de subida da TAN.
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- Para 25 anos, a prestação mensal agrava-se: de € 55,00 a € 90,00, por cada 1% de subida da TAN.
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Quanto maior o capital em dívida e respectiva TAN, mais se aproxima do limite superior do intervalo, e vice-versa.
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Adenda 1: quanto maior for o prazo de amortização, maior será o impacto do agravamento da taxa de juros (TAN), via subida do indexante (Euribor), no valor da prestação mensal.
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