domingo, 27 de janeiro de 2013

Série - Filmes: Guia para um final feliz


“Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”, esta frase de Carlos Drummond de Andrade pode aplicar-se ao conteúdo deste filme de David O. Russell, sobretudo ao seu final, digno candidato a oito Óscares da Academia de Hollywood.

O bom cinema tem, entre outras coisas, a faculdade de proporcionar momentos de felicidade que vão para além de concursos de dança e outros. Neste caso, a escrita de cartas de amor, à moda antiga, ocupa um lugar central e, por sua vez, desata o nó final entre os dois principais personagens: Pat, interpretado por Bradley Cooper e candidato a melhor actor; e Tiffany, interpretada por Jennifer Lawrence igualmente nomeada para melhor actriz, para mim, uma surpreendente revelação (neste fim-de-semana, vi outro filme com esta jovem actriz, “Despojos de Inverno”, que abordarei mais tarde). Na história de “Guia para um final feliz” (“Silver linings playbook”), a escrita serve como fuga. Ou como aproximação, num mundo tecnologicamente dependente de outras formas de expressão menos contemplativas. Um regresso às origens… O poder das palavras escritas como guia para um final feliz. A minha avaliação (de 0 a 10): 8.

Adenda: sem esquecer o grande Robert De Niro, claro, candidato a melhor actor secundário por via deste filme.


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