Erupção no vulcão Eyjafjallajökull, na Islândia
(fotografia "roubada" deste excelente texto)
Invariavelmente, as notícias repetem-se sobre o impacto de um vulcão nos confins da terra de Björk, ou seja, a Islândia. Vulcão esse com um nome inqualificável: Eyjafjallajökull. A língua islandesa tem destas coisas! Este país insular, rodeado por todos os lados pelo Oceano Atlântico Norte, além de ser a terra natal dessa brilhante artista musical, tem enchido páginas, mais ou menos virtuais, nos últimos tempos.
Primeiro, foi o colapso financeiro originado pela elevada exposição a activos financeiros tóxicos. Em finais de 2008, os três maiores bancos islandeses colapsaram e, consequentemente, o Estado teve de injectar capital. Só que essa intervenção não foi suficiente pois a dimensão contabilística das perdas financeiras ultrapassava a dimensão económica do país! Por sua vez, a economia islandesa estava fortemente dependente de financiamentos obtidos em Londres e Amesterdão, que não se conformaram com a situação de “bancarrota”. Deste problema, antigos governantes islandeses, com o ex-primeiro-ministro (Geir Haarde) à cabeça, estão a braços com a justiça que os investiga sobre o pretexto de terem actuado de forma negligente. E, se calhar, até foram!
Agora, com as erupções subglaciárias na segunda maior ilha europeia, é o colapso da aviação no velho continente, com perdas de muitos milhões de euros diários no balanço contabilístico de muitas empresas. São milhares de voos cancelados. E são muitos mais milhares de passageiros em terra: numa espera que desespera!
À "toxicidade" financeira seguiu-se a "toxicidade" vulcânica. Como se de um ciclo se tratasse. E esperemos que outros vulcões adormecidos naquelas paragens continuem adormecidos…
.Primeiro, foi o colapso financeiro originado pela elevada exposição a activos financeiros tóxicos. Em finais de 2008, os três maiores bancos islandeses colapsaram e, consequentemente, o Estado teve de injectar capital. Só que essa intervenção não foi suficiente pois a dimensão contabilística das perdas financeiras ultrapassava a dimensão económica do país! Por sua vez, a economia islandesa estava fortemente dependente de financiamentos obtidos em Londres e Amesterdão, que não se conformaram com a situação de “bancarrota”. Deste problema, antigos governantes islandeses, com o ex-primeiro-ministro (Geir Haarde) à cabeça, estão a braços com a justiça que os investiga sobre o pretexto de terem actuado de forma negligente. E, se calhar, até foram!
Agora, com as erupções subglaciárias na segunda maior ilha europeia, é o colapso da aviação no velho continente, com perdas de muitos milhões de euros diários no balanço contabilístico de muitas empresas. São milhares de voos cancelados. E são muitos mais milhares de passageiros em terra: numa espera que desespera!
À "toxicidade" financeira seguiu-se a "toxicidade" vulcânica. Como se de um ciclo se tratasse. E esperemos que outros vulcões adormecidos naquelas paragens continuem adormecidos…
Adenda: Por escrever sobre ciclos, mais ou menos, naturais, na minha modesta opinião, outra erupção de elevada "toxicidade" financeira poderá eclodir nos próximos tempos, com epicentro mais a sul. Pelo andar dos ciclistas que nos têm (des)governado, ficaremos a "rolar" junto do carro vassoura, com companhia helénica. Espero estar enganado...
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