domingo, 13 de novembro de 2011

Série - Partilhado: Nos idos de Março

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A noite cinéfila do fim de semana teve no cartaz: Nos idos de Março (The ides of March). Trata-se de um filme sobre os bastidores do poder, neste caso, tendo como pano de fundo as primárias democratas no estado do Ohio. O cenário, contudo, poderia montar-se no campo oposto, ou seja, no lado republicano, pois o resultado não seria muito diferente. O enredo respeita, de forma coerente e escrupulosa, o jogo de aparências e de ilusões da política contemporânea. A presença da comunicação social (quarto Poder) é constante, incluindo o poderoso mundo da Internet. A presença e o poder da mediatização são cruciais para o resultado final, isto é, determinam o desenrolar do novelo e, obviamente, do próprio desfecho da película com a inevitável gestão de danos que daí resulta (atenção: utilizei a palavra “gestão” sem incutir-lhe qualquer profundidade moral que deveria associar-lhe, claro). Em poucas palavras: da ilusão à desilusão ou da desilusão à ilusão, depende da perspectiva moral ou política, respectivamente.



Filme bem escrito e realizado por George Clooney, que acumula o papel de candidato democrata. O restante elenco acrescenta-lhe qualidade: Ryan Gosling, Philip Seymour Hoffman, Paul Giamatti, Evan Rachel Wood, Marisa Tomei, entre outros. Valeu a pena também para escrever estas linhas.


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