Mais um filme de Iñárritu, mais uma experiência dramática intensa e pesada. Sinceramente, fiquei um pouco siderado… Enfim, adiante. Do conjunto de obras deste cineasta mexicano, o meu preferido da actualidade, continuo a destacar “21 gramas”, embora “Babel” não fique muito atrás. Todavia, em “Biutiful” (vi em DVD), o tema central do sofrimento humano ganha uma roupagem diferente, vincado em duas características das sociedades ocidentais modernas: os fluxos migratórios ilegais, com todos os reflexos negativos dessa clandestinidade (exploração do ser humano, qual escravatura do Séc. XXI); o cancro e a depressão psicológica, duas doenças cada vez mais presentes e marcantes.
A construção da narrativa consegue dar consistência à intensidade dramática a que Iñárritu me tem habituado. Neste caso concreto, a história segue um fio mais linear, portanto, não tão desconcertante como noutras obras (sobretudo, em “21 gramas”). É um filme muito competente na abordagem do sofrimento humano, tendo como núcleo central (claro): a família, ou seja, o relacionamento entre pais e filhos. Neste filme, os pais são os propulsores dos efeitos das suas doenças para o seio familiar, neste caso, uma família a viver no “fio da navalha”. Às tantas, ainda pensei que estivesse a ver um documentário sobre uma qualquer família da classe média-baixa de Barcelona, mas que existe um pouco por toda a parte.
Iñárritu tem sabido aproveitar o leque de excelentes actores e actrizes com quem tem trabalhado: Gael García Bernal (em “Amor cão); Sean Penn, Benicio del Toro e Naomi Watts (em “21 gramas”); Brad Pitt, Cate Blanchett, Bernal e Rinko Kikuchi (em “Babel”); Javier Bardem e Maricel Álvarez (em “Biutiful”). Neste último, destacam-se claramente a expressividade e a presença constante de Bardem (vencedor da palma de ouro, em Cannes, como melhor actor). Simplesmente, soberbo!
A construção da narrativa consegue dar consistência à intensidade dramática a que Iñárritu me tem habituado. Neste caso concreto, a história segue um fio mais linear, portanto, não tão desconcertante como noutras obras (sobretudo, em “21 gramas”). É um filme muito competente na abordagem do sofrimento humano, tendo como núcleo central (claro): a família, ou seja, o relacionamento entre pais e filhos. Neste filme, os pais são os propulsores dos efeitos das suas doenças para o seio familiar, neste caso, uma família a viver no “fio da navalha”. Às tantas, ainda pensei que estivesse a ver um documentário sobre uma qualquer família da classe média-baixa de Barcelona, mas que existe um pouco por toda a parte.
Iñárritu tem sabido aproveitar o leque de excelentes actores e actrizes com quem tem trabalhado: Gael García Bernal (em “Amor cão); Sean Penn, Benicio del Toro e Naomi Watts (em “21 gramas”); Brad Pitt, Cate Blanchett, Bernal e Rinko Kikuchi (em “Babel”); Javier Bardem e Maricel Álvarez (em “Biutiful”). Neste último, destacam-se claramente a expressividade e a presença constante de Bardem (vencedor da palma de ouro, em Cannes, como melhor actor). Simplesmente, soberbo!
Por fim, uma referência à banda sonora. Aqui, as despesas ficaram a cargo do músico argentino Gustavo Santaolalla, companheiro de Iñárritu desde (quase) sempre. Em “Biutiful”, as sonoridades de Santaolalla não são tão presentes quanto em “Babel”, considerando-as tímidas... No entanto, sentem-se e entranham-se. Aliás, o brilhantismo musical de Santaolalla ganhou outra projecção no polémico e aclamado “O segredo de Brokeback Mountain”, de Ang Lee.
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