A
filmografia de Steven Soderbergh é bastante interessante. É um dos meus realizadores
preferidos, sem dúvida. Basta lembrar “Sexo, mentiras e vídeo”, de 1989, o
primeiro grande sucesso, passando por “Erin Brockovich” vencedor de vários
prémios (incluindo um Óscar para Julia Roberts), “Traffic” e a saga “Ocean’s”…
Neste caso, “Efeitos secundários” (“Side effects”, de 2013) dá continuidade a
um percurso feito sem grandes sobressaltos. E, quase sempre, num patamar
elevado.
Mais uma
vez, Soderbergh confirma o estatuto de mestre do thriller dramático, para isso
muito tem contribuído a parceria com Scott Z. Burns responsável pelos argumentos
dos seus últimos filmes. Aliás, o argumento é o principal ponto forte de
“Efeitos secundários” que aborda um tema bem actual: a dependência de fármacos para
o tratamento de depressões. Diria que este filme critica, de forma subtil, o
poder da indústria farmacêutica. No campo das representações destacam-se Rooney
Mara (a paciente Emily Taylor) e Jude Law (o psiquiatra Jonathan Banks),
personagens destemidos num jogo emocional de verdades e de mentiras maquinadas.
A
minha avaliação (de 0 a 10): 8.
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