Este filme francês teve
o condão de proporcionar-me excelentes momentos de deslumbramento. O título em
português, “Amigos improváveis”, é assaz certeiro. A dupla de realizadores
Olivier Nakache e Eric Toledano souberam enquadrar os personagens numa
realidade urbana e suburbana francesa feita de contrastes multiculturais. Aliás,
essa realidade francesa é um sinal dos tempos modernos... E fizeram-no de forma
perspicaz e com humor à mistura, sem caírem no ridículo. Os dois amigos
improváveis encontram-se em pólos opostos, no entanto, ambos lutam por dar um
rumo digno as suas vidas fustigadas por razões diversas: um, devido a uma
situação complexa de deficiência motora (e outros dramas familiares: morte da
esposa, etc.); outro, por motivos inerentes ao flagelo do desemprego (e outros
dramas pessoais e familiares: imigração ilegal, etc.). Essa vontade de
superação das dificuldades é um dos pontos de contacto entre eles, talvez
aquele que lhes permite desenvolverem uma relação de cumplicidade sem falsos
rodeios. Os dois actores, François Cluzet e Omar Sy, especialmente este último,
conseguem acentuar esse cunho contrastante mas igualmente cúmplice. E fazem-no
de forma brilhante! Além disso, esta obra cinematográfica é a prova provada de
que há bom cinema europeu. Trata-se de um dos melhores filmes franceses que já
tive a oportunidade de assistir. A minha avaliação (de 0 a 10): 8,5.
domingo, 24 de junho de 2012
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